quinta-feira, 8 de maio de 2008

Revista de campanha - MFL (III).

O aspecto mais interessante da entrevista de MFL á RTP1 foi sem dúvida a visão sobre o acto de governação socialista “Sócrates beneficiou de um aspecto fundamental: não teve ninguém na oposição a dizer-lhe que estava errado. Enquanto eu fui ministra das Finanças tive todo a guerra possível do PS”.
Este facto pode ser visto e interpretado de diversas formas vejamos.
Se por um lado o PS não teve oposição do maior partido da oposição muito se deve e deveu ás guerrilhas no PSD em que vários dos ilustres apoiantes de MFL tiveram um papel nuclear. Por outro se a oposição feita não teve o impacto esperado e merecido deveu-se em grande medida ao tratamento dos media em relação ao PSD e ao CDS-PP e aqui relembro a titulo de exemplo que Pinto Balsemão controla a SIC e o Expresso que muito se têm agora empenhado na credibilização de candidatura de MFL. Daqui se conclui que a própria MFL tem também responsabilidades no acto governativo do partido socialista.
Por outro lado ao dizer “Enquanto eu fui ministra das Finanças tive todo a guerra possível do PS” está somente a fazer-se de vítima, papel que geralmente atribuímos a PSL.
Penso que a entrevista não lhe correu de feição. Não se consegue nem desmarcar da governação socialista, não apresenta um programa nas áreas vitais para o comum dos portugueses, saúde e justiça, e acima de tudo não faz nenhum esforço de forma a harmonizar a vida interna do partido.

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